A AFA (Associação do Futebol Argentino) acusou o governo de Javier Milei (La Libertad Avanza, direita) de tentar usá-la como alvo de suas ambições políticas, depois que a senadora Patricia Bullrich acionou a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) contra dirigentes da organização.
Ex-ministra da Segurança da Argentina, Bullrich disse na 2ª feira (15.dez.2025) ter “denunciado” Claudio “Chiqui” Tapia, presidente da AFA, e o tesoureiro, Pablo Toviggino, ao Tribunal de Ética da Conmebol, por corrupção. “Eles precisam investigar a fundo essa máfia que controla a AFA e mancha o futebol argentino […] A lista de irregularidades e gestão financeira obscura é interminável”, afirmou a senadora em seu perfil no X.
Em resposta, a AFA divulgou um comunicado defendendo a gestão de Tapia e Toviggino. Afirmou que eles assumiram em 2017 “uma instituição devastada […] em desordem, com dívidas crescentes e compromissos não cumpridos com os clubes”.
“Tudo o que foi conquistado foi administrado ao longo e apesar de 3 administrações diferentes. Cada uma, à sua maneira, escolheu a AFA como alvo de suas ambições políticas”, diz a nota oficial.
A associação disse ter sofrido “constantes ameaças de intervenção” do governo de Mauricio Macri (2015-2019) e que Alberto Fernández (2019-2023) “tentou indicar seu próprio candidato para chefiar a AFA, contrariando, obviamente, os resultados das eleições democráticas”.
A AFA também afirmou que a administração de Milei realizou “um ataque coordenado” para obstruir as operações da organização. “Como se isso não bastasse, a própria ministra da Segurança, Patricia Bullrich, apresentou uma queixa tentando ligar o nosso tesoureiro a uma suposta rede de espionagem russa, algo claramente absurdo”, diz o comunicado.
“Durante a administração iniciada em 2017, sempre priorizamos o futebol em detrimento da política partidária. Jamais permitimos que a Copa América e a Copa do Mundo fossem utilizadas para fins políticos; nossas seleções não representam um partido político, mas um país”, afirma a associação.
Toviggino e Bullrich estão usando as redes sociais para trocar acusações. O tesoureiro da AFA disse na rede social X, na 2ª feira (15.dez), que “a senadora deveria se concentrar na corrupção dentro do seu próprio governo”.
Por sua vez, Bullrich respondeu que a sua iniciativa não é contra a AFA, mas contra Toviggino e Tapia: “Se isso te preocupa, nem quero imaginar como você se sentirá quando a Justiça argentina expuser seus negócios sujos, suas mansões, carros de luxo e cavalos de corrida”.



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