Flávio Dino autorizou busca e apreensão nos endereços ligados ao congressista; ministro do STF alega haver indícios robustos de que o congressista atuou em orgaFlávio Dino autorizou busca e apreensão nos endereços ligados ao congressista; ministro do STF alega haver indícios robustos de que o congressista atuou em orga

PF realiza operação contra Antonio Doido, investigado por corrupção

2025/12/16 22:19

A Polícia Federal cumpriu nesta 3ª feira (16.dez.2025) mandados de busca e apreensão nos endereços do deputado federal Antonio Doido (MDB-PA), investigado por desvio de emendas parlamentares. A operação foi autorizada por ordem do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino. Leia a íntegra (PDF – 901 kB).

Para o ministro, há indícios robustos de que o congressista atuou em organização criminosa com o objetivo de desviar recursos públicos “para fins eleitorais escusos” e “aquisição de patrimônio”. Segundo os investigadores, o deputado desviou recursos para pagar um grupo de policiais militares que tinha a função de “rondar o interior do Estado” durante as eleições municipais de 2024.

Em parecer favorável pela busca e apreensão, a PGR (Procuradoria Geral da República) afirmou que “os diálogos interceptados indicam que a utilização de policiais militares e recursos pelo grupo, durante o pleito eleitoral, se concentrou, predominantemente, no Município de Ourém/PA, onde Amilton Leocádio dos Santos, conhecido como Neto Leocádio, irmão do Deputado Federal Antônio ‘Doido’, era candidato a Prefeito”.

A PF considera que o esquema utilizava recursos da SEOP (Secretaria estadual de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas) do Pará encaminhados para empresas ligadas ao congressista. Os investigadores identificaram saques de R$ 48 milhões em espécie.

Além disso, as apurações apontam que alguns dos envolvidos no esquema podem ter atuação direta no tráfico internacional de drogas, contrabando de cigarros e agiotagem. “Constatou-se que Noronha e outras pessoas podem estar envolvidos com atividades de contrabando de cigarros e tráfico internacional de drogas”, afirmaram os investigadores.

O ministro Flávio Dino determinou que a polícia cumpra as medidas de busca e apreensão no Estado do Pará, negando o pedido para busca no gabinete da Câmara.

“Indefiro o pedido de busca no Gabinete do Deputado Federal Antônio Doido em razão de que todos os fatos investigados ocorreram no Estado do Pará, não sendo demonstrado especificamente a utilidade dessa busca no gabinete da Câmara para a investigação”, escreveu na decisão.

Dino também indeferiu o pedido de afastamento do secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas do Pará, Benedito Ruy Santos Cabral, mas destacou que o pedido “será reexaminado após a análise de novos elementos probatórios”.

O Poder360 questionou o gabinete do deputado Antônio Doido sobre as imputações da PF que baseiam a operação, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto para manifestação.

Em nota, a SEOP se colocou a disposição para prestar esclarecimentos e informou que “todas as contratações estaduais seguem rigorosamente o devido processo licitatório, em estrita observância aos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e economicidade, bem como às regras e condições estabelecidas nos respectivos editais divulgados no Portal Nacional de Contratações Públicas”.

Eis a íntegra:

“A Secretaria de Estado de Obras Públicas informa que todas as contratações estaduais seguem rigorosamente o devido processo licitatório, em estrita observância aos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e economicidade, bem como às regras e condições estabelecidas nos respectivos editais divulgados no Portal Nacional de Contratações Públicas.

“Todos os pagamentos às empresas contratadas são processados exclusivamente por meio de procedimentos administrativos formais, com base em boletins de medição atestados pela fiscalização da Secretaria de Obras.

“A Seop colabora de forma permanente com os órgãos de controle e se coloca à disposição das autoridades para prestar informações e esclarecer eventuais dúvidas.”

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