A Orizon acaba de anunciar a incorporação da Vital, uma empresa controlada pela família Queiroz Galvão, em um negócio que praticamente dobra sua operação e a trA Orizon acaba de anunciar a incorporação da Vital, uma empresa controlada pela família Queiroz Galvão, em um negócio que praticamente dobra sua operação e a tr

Orizon compra a Vital em negócio de R$ 3 bilhões

2025/12/17 21:26

A Orizon acaba de anunciar a incorporação da Vital, uma empresa controlada pela família Queiroz Galvão, em um negócio que praticamente dobra sua operação e a transforma na maior plataforma de gestão de resíduos da América Latina.

O negócio, uma troca de ações, avalia a Vital – a terceira maior do setor – em um enterprise value de R$ 3 bilhões, com aproximadamente R$ 200 milhões em dívida líquida.

Milton Pilão, o CEO da Orizon, disse ao Brazil Journal que a Vital foi avaliada a um múltiplo de 5,7x EBITDA – em linha com outras aquisições feitas pela Orizon nos últimos anos.

A empresa combinada nasce com receita anualizada de R$ 3 bilhões e EBITDA próximo de R$ 1 bilhão. O bottom line deve ficar em cerca de R$ 350 milhões este ano.

Para selar o negócio, a Orizon vai emitir 41,2 milhões de novas ações. 

A família Queiroz Galvão ficará com cerca de 30% da empresa. O bloco de controle — formado por Orizon, EB Capital e os Queiroz Galvão — deterá pouco mais de 60% do capital, deixando cerca de 40% no free float

Dentro do bloco de controle, Orizon e EB Capital terão 51% das ações, preservando a condução estratégica e operacional da empresa, enquanto a família Queiroz Galvão ficará com 49% do capital votante. Pilão e Ismar Assaly seguirão como CEO e chairman, respectivamente.

O conselho da nova companhia – que manterá o nome Orizon – será formado por 11 conselheiros: quatro indicados pelo bloco formado por Pilão, Assaly e EB Capital, outros quatro indicados pela Queiroz Galvão, e três independentes. 

“Temos uma visão estratégia de longo prazo com a Orizon e por isso vamos ter uma atuação muito ativa na governança,” disse André Câncio, responsável pelo portfólio de investimentos da família Queiroz Galvão.

Do ponto de vista operacional, a Vital adiciona 5,3 milhões de toneladas de resíduos processados ao negócio da Orizon, que chega a 14 milhões no total. 

A Vital trará 12 aterros em operação e outros quatro em licenciamento, além de presença relevante em capitais como São Paulo, Belo Horizonte e São Luís. No total, a Orizon passará a operar 30 EcoParques em 15 estados. 

Mas segundo Pilão, um dos maiores ganhos será o modelo de gestão integrada – uma das fortalezas da Vital e que parte dos clientes da Orizon vinha cobrando da companhia. 

Até aqui, a Orizon atuava concentrada na destinação final dos resíduos; com a operação da Vital, passa a oferecer também a coleta – um formato cada vez mais exigido nas licitações públicas no Brasil.

“Praticamente todas as novas PPPs hoje exigem que a mesma empresa seja responsável pela coleta e pela destinação final – e a Vital nos traz essa expertise e abre uma avenida de crescimento ao redor dos nossos EcoParques,” disse Pilão.

Segundo o CEO, a coleta integrada pode gerar uma receita três a quatro vezes maior do que a do aterro isolado, além de oferecer maior previsibilidade de caixa, contratos longos e ganhos operacionais. Mas ele diz que pode levar até cinco anos até que toda a operação original da Orizon passe a oferecer esse serviço. 

Outro eixo relevante da tese é o biometano – que, apesar de estar no início da implementação, já vinha sendo uma aposta das duas companhias.

Antes da transação, a Orizon já vinha desenvolvendo projetos que, quando totalmente instalados, somam um potencial de cerca de 1,3 milhão de m³ por dia de produção de biometano. 

A Vital adiciona um pipeline adicional de aproximadamente 700 mil metros cúbicos por dia, levando em conta projetos que estão sendo desenvolvidos. Hoje, a Vital opera uma única planta de biometano, com produção em torno de 30 mil m³ diários.

“Esse volume passa a nos dar uma importância diferente no mercado de transição energética para atender a indústria – principalmente, na substituição do diesel em frotas de caminhões e ônibus,” disse Pilão.

Pilão chama a atenção para um “presente” que o negócio vai trazer para a empresa: desalavancagem. 

Nas contas do CEO, como a dívida da Vital é menor que o EBITDA que ela trará, a transação vai reduzir a alavancagem no dia seguinte ao fechamento: de cerca de 2x o EBITDA, a alavancagem da Orizon vai ficar mais próxima de 1x. 

“É um presente para nós, pois é um efeito que foge do padrão de grandes M&As, que normalmente pressionam o balanço no curto prazo,” disse.

Mesmo com a companhia ainda capitalizada – especialmente após o follow-on realizado em abril, quando a EB Capital entrou no cap table –, Pilão acredita que novos grandes movimentos de M&A devem ficar mais para frente.

“Até porque não há muitas opções de grande porte no momento. Isso não quer dizer que não possa ter alguma outra aquisição pequena, que venha meio no arrasto desse rol de concessões que fizemos,” disse.

A ação da Orizon sobe 68% nos últimos doze meses. A empresa vale R$ 6,5 bilhões, próximo do all-time high

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