Tomografia computadorizada do crânio de Plagiodontia araeum (roedor semelhante à capiuvara), mostrando o local onde ficavam as abelhas Osnidum almontei (na Tomografia computadorizada do crânio de Plagiodontia araeum (roedor semelhante à capiuvara), mostrando o local onde ficavam as abelhas Osnidum almontei (na

Cientistas descobrem abelhas ancestrais que viviam dentro de ossos em caverna no Caribe

2025/12/28 03:07
Tomografia computadorizada do crânio de Plagiodontia araeum (roedor semelhante à capiuvara), mostrando o local onde ficavam as abelhas Osnidum almontei (na cor violeta) — Foto: Viñola Lopez et al., Royal Society Open Science, 2025 Tomografia computadorizada do crânio de Plagiodontia araeum (roedor semelhante à capiuvara), mostrando o local onde ficavam as abelhas Osnidum almontei (na cor violeta) — Foto: Viñola Lopez et al., Royal Society Open Science, 2025

Gerações de abelhas solitárias ancestrais transformaram as cavidades dentárias de uma mandíbula em um tipo diferente de comeia, que sobreviveu durante muitas gerações. A descoberta foi feita recentemente em uma caverna na ilha caribenha de Hispaniola (parte das Grandes Antilhas, ocupada pela República Dominicana a leste, e pelo Haiti a oeste).

É a primeira vez que a ciência registra a existência de abelhas antigas habitando as cavidades pré-existentes de um fóssil, relata o Science Alert.

Paleontólogos acreditam que a mandíbula pertenceu a um roedor semelhante à capivara (Plagiodontia araeum), provavelmente transportado para a caverna pelas garras de uma coruja, que se alimentou do mamífero agora extinto e descartou sua mandíbula.

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Ao longo dos anos, os dentes da mandíbula se soltaram e se espalharam, à medida que ela era lentamente enterrada sob uma fina camada de argila.

Ali, nos buracos deixados, chamados alvéolos dentários, uma espécie de abelha escavadora, Osnidum almontei, estabeleceu um lar que durou por muitas gerações.

Imagens da mandíbula esquerda da Plagiodontia araeum e traços da abelha Osnidum almontei — Foto: Viñola Lopez et al., Royal Society Open Science, 2025 Imagens da mandíbula esquerda da Plagiodontia araeum e traços da abelha Osnidum almontei — Foto: Viñola Lopez et al., Royal Society Open Science, 2025

Só sabemos disso porque a superfície excepcionalmente lisa dentro de um desses alvéolos chamou a atenção do paleontólogo Lázaro Viñola Lopez, que estava desenterrando ossos como parte de seu trabalho no Museu de História Natural da Flórida.

"Usando uma tomografias computadorizadas de microfoco nos ossos hospedeiros, desdobrimos o uso multigeneracional da cavidade, sugerindo algum grau de fidelidade a essa colmeia", explicam Viñola Lopez e seus colegas em seu artigo publicado.

"A fidelidade no comportamento das abelhas está ligada à consistência ou especificidade com que uma espécie seleciona e usa locais ou materiais específicos para nidificação."

Assim que os pesquisadores souberam o que procurar, encontraram muitos exemplos de células de nidificação de abelhas dentro de ossos por todo o sedimento, inclusive uma dentro da mandíbula de um bicho-preguiça.

Embora sejam apenas vestígios fósseis, elas contam uma história fascinante sobre o comportamento das abelhas. "As grupos de Osnidum almontei parecem ser altamente oportunistas, preenchendo todas as câmaras ósseas disponíveis no depósito sedimentar", escreve a equipe.

"Da mesma forma, a grande abundância de ninhos em todo o depósito indica que esta caverna foi usada por um longo período como área de agregação de ninhos por esta abelha solitária."

A pesquisa original foi publicada na revista Royal Society Open Science.

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